Japão executa por enforcamento 'assassino do Twitter' que matou 9 pessoas

Takahiro Shiraishi, de 34 anos, matou e esquartejou as vítimas com as quais havia feito contato pela rede social, em 2017. Imagem de novembro de 2017 mostra Ta...

Takahiro Shiraishi, de 34 anos, matou e esquartejou as vítimas com as quais havia feito contato pela rede social, em 2017. Imagem de novembro de 2017 mostra Takahiro Shiraishi num carro da polícia japonesa Reuters/Kyodo O Japão executou nesta sexta-feira (27) o chamado "assassino do Twitter", um homem que matou nove pessoas contactadas por essa rede social, afirmou a imprensa local, na primeira aplicação da pena capital no país desde 2022. O Ministério da Justiça não quis confirmar o enforcamento, mas a televisão pública NHK e outros meios de comunicação japoneses reportaram a execução citando fontes do governo. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O condenado era Takahiro Shiraishi, um homem de 34 anos que, em 2017, assassinou e esquartejou nove pessoas, a maioria moças jovens, com as quais havia feito contato pelo Twitter, a rede social agora conhecida como X. O acusado admitiu os nove assassinatos, segundo a imprensa. Shiraishi explicou que fazia contato nessa plataforma com pessoas com tendências suicidas e lhes oferecia ajuda para morrer. As vítimas tinham entre 15 e 26 anos e foram até sua casa nas imediações de Tóquio, onde ele as assassinou, esquartejou e escondeu os restos de seus corpos em pequenas geladeiras. Japão e Estados Unidos são os únicos dois países do grupo das sete democracias mais industrializadas, o G7, que ainda aplicam a pena de morte. O apoio da população japonesa a essa punição é arrasador. Uma pesquisa encomendada pelo governo em 2024 entre 1.800 cidadãos indicou que 83% deles consideravam a pena capital "inevitável". Em dezembro de 2023, havia 107 pessoas no corredor da morte no Japão, afirmou o Ministério da Justiça à AFP. Embora a lei estabeleça que a execução deve ser aplicada no prazo máximo de seis meses após a sentença definitiva, muitos condenados passam anos, ou até mesmo décadas, esperando. Além disso, é habitual que os presos não sejam informados sobre a execução até o último momento, normalmente com poucas horas de antecedência. Qual país mais aplica pena de morte?