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Forças Armadas do Benin frustram tentativa de golpe de Estado no país, diz governo

Forças Armadas do Benin frustram tentativa de golpe no país, diz ministro As Forças Armadas aliadas ao presidente do Benin, Patrice Talon, frustraram uma ten...

Forças Armadas do Benin frustram tentativa de golpe de Estado no país, diz governo
Forças Armadas do Benin frustram tentativa de golpe de Estado no país, diz governo (Foto: Reprodução)

Forças Armadas do Benin frustram tentativa de golpe no país, diz ministro As Forças Armadas aliadas ao presidente do Benin, Patrice Talon, frustraram uma tentativa de golpe de Estado no país neste domingo (7), anunciou o ministro do Interior, Alassane Seidou. "Nas primeiras horas de domingo, 7 de dezembro de 2025, um pequeno grupo de soldados iniciou um motim com o objetivo de desestabilizar o Estado e suas instituições", disse Seidou. "Diante da situação, as Forças Armadas do Benim e sua liderança, fiéis ao juramento, permaneceram comprometidas com a República." Um grupo de oito militares foi à rede de televisão nacional para anunciar que um comitê liderado pelo coronel Pascal Tigri assumiu o poder, dissolveu instituições, suspendeu a Constituição e fechou fronteiras aéreas, terrestres e marítimas. Eles se identificaram como um Comitê Militar para a Refundação. “O Exército se compromete solenemente a dar ao povo beninense a esperança de uma nova era”, disse um deles. Não há informações oficiais sobre o presidente Patrice Talon desde que tiros foram ouvidos perto de sua residência, mas o sinal da TV estatal e do rádio público, que havia sido cortado, foi restabelecido. Talon estava no poder desde 2016 e anunciou que vai deixar o cargo em abril, após a eleição presidencial. Soldados do Benin anunciam em rede nacional ter tomado o poder Bénin TV/Reprodução via Reuters Tiros foram ouvidos em bairros de Cotonou, maior cidade do país, quando moradores saíam para a igreja. A embaixada da França relatou disparos perto da residência de Talon e pediu que cidadãos permaneçam em casa. 🔍 Após a independência da França em 1960, o país enfrentou vários golpes, especialmente nas décadas seguintes. Desde 1991, após a era de 20 anos do marxista-leninista Mathieu Kérékou, o Benim havia se mantido politicamente estável. A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou o golpe de curta duração. “A CEDEAO apoiará o governo e o povo em todas as formas necessárias para defender a Constituição e a integridade territorial do país”, disse em nota. Eleições O candidato apoiado pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era o favorito para vencer a disputa. Já o candidato de oposição Renaud Agbodjo foi barrado pela comissão eleitoral sob o argumento de que não tinha patrocinadores suficientes. Em janeiro, dois aliados de Talon foram condenados por suposto plano de golpe em 2024. No mês passado, o Legislativo do país mudou o mandato presidencial de cinco para sete anos, mantendo o limite de dois mandatos. A decisão de Talon de deixar o cargo após dois mandatos é incomum na África Ocidental e Central, onde as normas democráticas estão sob crescente pressão. O golpe é o mais recente de uma série de tomadas militares que vêm abalando a África Ocidental. Na semana passada, militares derrubaram o ex-presidente Umaro Embaló, de Guiné-Bissau, após uma eleição contestada em que ele e o candidato de oposição se declararam vencedores. Foi o nono golpe na região desde 2020. O presidente do Benin, Patrice Talon, durante viagem a Brasília em maio de 2024 Eraldo Peres/AP